domingo, 12 de maio de 2013

Ai, que eu adoro homem brabo...


Há daqueles que tem um ou ate dois amantes, e se aparecer um terceiro, não tem problema nenhum, encaixa que tudo de ajeita! Falou em traição? Nos tornamos pessoas tão opiniáticas, proprietários do assunto, que nunca se viu igual. Mas afinal, cabe a quem julgar esses tipos de comportamento? A nós? Mesmo que não nos caiba, julgamos sim e ate baixamos decreto. Certa vez, ouvi uma história de um casal, que os dois (o homem e a mulher) possuíam amantes há muito tempo e ninguém nunca suspeitava, se quer, imaginava, nem eles mesmos. Eram daquele tipo apaixonados, felizes, viajavam, tinham uma vida legal. Até que um dia ela descobriu a amante dele, ele pediu perdão, chorou, se desesperou, terminou com a amante e ela o aceitou de volta. Ela só não terminou com o amante dela mesma, afinal de contas, ela soube esconder melhor que ele. E assim continuaram e se é que ainda não continuam ate hoje juntos e felizes. Ele só com ela, e ela com ele e o outro.
O outro lado disso tudo que custa a se acreditar, é o amor. Existe amor onde há traição? Sim, tanto existe que até dão a vida por ele. Como Eurico e Dora (Auto da Compadecida), na hora da sentença final, ela revela seu amor por ele, ele a perdoa pelas traições e pedem para morrer juntos. E nesse momento, ela encontrou o homem ‘brabo’ de verdade, que tanto procurava nos amantes. Desde que o mundo é mundo, e nos conhecemos por gente, existe a mentira, traição, decepção e seus adjacentes, e querendo ou não vai continuar existindo, tanto pelo homem, tanto pela mulher. Não por falta de amor, cumplicidade, afeto, desejo, por parte das pessoas, mas sim, por falta de sei lá sabe-se o que, que as pessoas procuram ou acham nisso tudo de querer ser de ninguém e de todo mundo ao mesmo tempo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário